As ações da HBR Realty (HBRE3), empresa especializada no desenvolvimento de propriedades urbanas, registraram uma desvalorização de 0,69% no pregão mais recente, fechando o dia a R$ 2,85. Durante a sessão, os papéis oscilaram entre R$ 2,77 e R$ 2,91, movimentando um volume de R$ 1,64 milhão em 528 transações.

A empresa acumula uma queda de 11,49% no mês e de 4,36% no ano. Nos últimos 12 meses, o recuo atingiu 40,11%, refletindo um cenário desafiador no setor imobiliário.

Estrutura e atuação da HBR Realty

Fundada por Henrique Borenstein, também responsável pela criação da Helbor, a HBR Realty faz parte do grupo Hélio Borenstein S.A. e se destaca pelo portfólio diversificado de empreendimentos imobiliários.

A empresa opera por meio de quatro principais plataformas:

  • HBR 3A: segmento voltado para edifícios corporativos de alto padrão;

  • HBR Malls: atua no setor de shopping centers;

  • ComVem: focado em centros de conveniência e serviços;

  • HBR Opportunities: englobando outras classes de ativos, como hotéis e estacionamentos.

Crescimento e desafios financeiros

Em 2019, a HBR Realty apresentou um crescimento expressivo, com um aumento de 64,5% no lucro em relação ao ano anterior, atingindo R$ 194 milhões. A receita também subiu 18,6%, totalizando R$ 68 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia encerrou 2019 em R$ 325,5 milhões. No entanto, ao excluir efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado ficou em R$ 44,9 milhões, com uma margem de 66%.

IPO suspenso e alternativas

A empresa chegou a planejar uma Oferta Pública Inicial (IPO) em 2020, mas optou por adiar a operação devido às condições de mercado. No lugar do IPO, a HBR Realty realizou uma oferta restrita de ações direcionada a investidores profissionais, concluída em janeiro de 2021.

Diante dos desafios do setor e da queda no valor de mercado, a companhia segue revisando suas estratégias para fortalecer sua posição no mercado imobiliário.